sábado, 31 de janeiro de 2009

O Julgamento do Tempo

A Dúvida pariu o Remorso,
E a Certeza o Arrependimento.
O Remorso morreu de noite,
Deixando a mãe em tal desalento.

Que sem filho e sem chão,
Igualmente ao julgamento de Salomão,
Disse que o Arrependimento era seu,
E que o filho da outra foi quem morreu.

Tal qual na história, a Certeza,
Em favor da criança, abriu mão.
Preterindo a razão em favor de sua cria.

E o Tempo, juiz de extrema esperteza,
Reconhecendo a mãe pela ação,
Mais uma justiça fazia.

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