Atiro uma flecha no alvo
E a certeira flecha descansa,
Aguarda o momento
Em que novamente empunhada
E tensionada entre a corda e o arco,
Se lançará novamente no ar.
Estou certo que para a seta,
Mais importante que a meta atingida,
É o caminho.
Entre a tensão e o alvo
Existe um breve espaço de tempo
Que se chama liberdade.
Atiro a palavra no alvo
E neste instante ela é livre...
Só palavra nua,
desprovida de explicações.
Entre o falar e o ouvir
Existe o ínfimo momento
Em que a palavra voa solta pelo ar.
Câmera lenta é a poesia a nos permitir contemplar tais lapsos.
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